Ainda sem aprovação, a medida de Macron deve prorrogar a aposentadoria para 64 anos. Milhares de franceses foram às ruas nesta 5ª
Milhares de franceses foram às ruas para protestar contra a reformulação da Previdência Social do país, que pretende prorrogar a idade mínima da aposentadoria, que atualmente é fixada nos 62 anos, para os 64 anos. A medida põe em xeque o mandato do presidente da França, Emmanuel Macron.
Inicialmente, Macron desejava aumentar a aposentadoria de 62 anos para 65 anos. Porém, a primeira-ministra Élisabeth Borne estabeleceu a idade mínima em 64 anos. Ela também antecipou a exigência de contribuir 43 anos para receber a aposentadoria completa, para 2027.
Outra manifestação foi marcada por um intersindicato (CFDT, CGT, FO, CFE-CGC, CFTC, Unsa, Solidaires, FSU) para 31 de janeiro. A recepção entre os cidadãos franceses à decisão é um considerada “impopular”. Segundo o CGT, 2 milhões de manifestantes participaram do protesto em toda a França, incluindo 400 mil em Paris.
Segundo uma pesquisa da Ipsos publicada nessa quarta-feira (18/1), embora 81% dos franceses considerem uma reforma necessária, 61% rejeitam a propost, e 58% apoiam o movimento grevista.
Macron está fora do país porque participa de uma cúpula com o presidente espanhol, Pedro Sánchez, em Barcelona. Ele defendeu uma reforma “justa e responsável”. O francês comunicou à imprensa o pedido de manifestações “sem desordem, violência, ou destruição”.
Porém, nesta quinta (19/1), alguns internautas compartilharam nas redes sociais denúncias de agressões policiais durante a “manifestação pacífica”. “Como é possível espancar as pessoas dessa maneira”, escreveu uma mulher no Twitter. Ela também condenou a atitude policial como algo “vil”.