Em assembleia geral realizada na tarde desta sexta-feira (11/03/2022), no auditório do sinteac os trabalhadores em educação de Tarauacá, decidiram unanimente pela paralização das aulas na rede municipal a partir desta próxima quinta-feira (17/03/2022).
Os mesmos alegam que a prefeitura não cumpriu com acordos firmados ainda no ano de 2021, e sequer apresentou uma contraposta respeitável aos trabalhadores.
O sinteac ainda ressalta que ainda no ano de 2021, mais precisamente em novembro houve um início de greve, onde através de um acordo judicial de conciliação, o movimento foi parado, naquela oportunidade foram feitos alguns compromissos e que não foram cumpridos pela prefeitura.
Este trata-se de um movimento novo, mas também com pautas antigas, tendo em vista as negociações não terrem avançados.
O TCE- Tribunal de Contas do Estado, deu todas as garantias aos gestores para reajustar e pagar pisos, auxílios, abonos e demais, o Governo do Estado, já anunciou várias medidas nesse sentido, no entanto a prefeitura de Tarauacá nada faz para melhorar a vida dos trabalhadores, dinheiro há bastante, a prova foi o abono/rateio do final do ano passado, somente esse ano de 2022 no mês de fevereiro o Fundeb teve uma receita de mais de 4 milhões de reais, quase dobrou em relação ao ano passado, o que nos leva a afirmar que não nos valorizam porque não querem. Dinheiro tem! O que falta é gestão!
E pasmem a prefeitura em vez de negociar ou valorizar os trabalhadores ao contrário fica tentando intimidar e ameaçar, impondo multas aos trabalhadores, assim como fez no ano passado, a prefeitura age da mesma forma covardemente e traiçoeiramente com a categoria de educadores, já inclusive entrou na justiça para que estes paguem mensalmente a multa de mil reais por dia de greve, os trabalhadores resolveram enfrentar, por estarem certos de lutarem por seus direitos, a gestão atual vai passar e o seu legado de maldades também, e nós vamos continuar sendo educadores.
Estamos abertos ao diálogo, mas vamos continuar as negociações de agora parados, em greve, não aceitamos mais enrolação, nem mi, mi, mi...
Aproveitamos para pedir a compreensão e o apoio de toda a comunidade escolar pais, alunos e sociedade em geral.
Senhores/as professores/as, alunos/as, diretores, gestores, pais, mães e demais, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação – Sinteac - de Tarauacá, em Assembléia Geral da categoria, realizada no dia 11 de março de 2022, deliberou por decretar GREVE GERAL dos trabalhadores em educação da rede Municipal de Tarauacá.
Desse modo, as aulas estarão suspensas, a partir do dia 17 de março, por tempo indeterminado.
Seguimos acompanhando os desdobramentos das negociações entre o sindicato e a prefeitura, na expectativa de que as negociações avancem e que a situação se resolva o mais rápido possível.
Pedimos a COMPREENSÃO de todos nesse momento difícil para os trabalhadores em educação. Tivemos que nos desdobrar e nos reinventar em aulas virtuais – remotas - e em casa, tivemos aumento nas despesas com internet, notebooks, computadores, equipamentos de informática, smartphones, etc., durante esse período de pandemia, os preços lá nas alturas, a inflação consumindo todo nosso salário, enquanto isso a prefeitura reajusta salários, diárias e outros, nosso movimento é justo!
Não estamos sendo valorizados pela gestão da prefeita Maria Lucineia, e da Secretaria de educação Maria Lucicléia.
A greve é direito de todos os servidores. A classe da educação já é tão desvalorizada, mal remunerada, claro que a greve causa algum transtorno; mas o objetivo principal de qualquer greve/paralisação/manifestação é tirar a sociedade da comodidade e chamar a atenção para o problema. Acho que todos nós deveríamos nos inteirar dos motivos pelos quais os professores estão reivindicando e reclamar com quem está lesando esses profissionais. Se quisermos que a formação de nossos filhos seja plena e de qualidade, temos primeiramente que olhar para as condições oferecidas a seus professores e demais trabalhadores da educação.
Veja as principais reivindicações dos trabalhadores em educação:
Os trabalhadores reivindicam o pagamento do piso nacional do magistério que foi reajustado pelo governo federal, pagamento do quinquênio e de ações judiciais transitadas em julgado, reposição salarial, reajuste do auxílio alimentação e demais.
Gratos pela Compreensão!
Lauro Benigno – Presidente do Sinteac de Tarauacá.