Prefeitos e governadores, principalmente os primeiros, anunciam ações radicalizadas neste mês de dezembro para tentar derrubar o reajuste de 31,3% previsto para o magistério. Em sentido contrário, isto é, em defesa desse aumento, categoria deve também partir para a ação.
Mês de dezembro será decisivo para garantir o reajuste previsto para janeiro de 2022 e a manutenção do cálculo original que corrige todo ano o piso do(a) professor(a). Imagem: aplicativo Canva.
Educação | Este mês de dezembro é crucial para a principal pauta do magistério todo fim e início de ano: o reajuste nacional da categoria, amparado na Lei Federal 11.738/2008, criada no governo Lula (PT).
Mobilização dos dois lados
Para garantir a correção de 31,3%, educadores terão que se mexer bastante, ainda antes deste ano terminar, seja nas ruas ou redes sociais. Para tanto, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e sindicatos da categoria devem dar o tom do que deverá ser feito.
Isto é imperioso porque a Confederação Nacional de Municípios (CNM) está mobilizando centenas de prefeitos em todo o País para ir a Brasília nos dias 14 e 15 deste mês, com o objetivo amplamente anunciado de pressionar parlamentares a aprovar na marra Projeto de Lei que reduz drasticamente esse percentual de 31,3% anunciado para janeiro. Continua, após o anúncio.
Mobilização radical com forte presença
Segundo o chefe maior da CNM — Paulo Ziulkoski — mais de 400 gestores já se inscreveram para participar dessa mobilização em Brasília. E a expectativa, segundo ele, é de que se inscrevam muito mais.
"Temos mais de 400 inscritos até agora, mas é preciso que TODOS estejam em Brasília", diz o agitador líder dos prefeitos. (Grifos nossos).
No total, são 5.570 gestores que, potencialmente, poderão atender ao chamado do comandante dessa agitação.
Tom maior
Magistério deve dar uma resposta em um tom ainda maior, e também precisa se organizar para que o reajuste de 31,3% seja garantido. Ou seja, com pauta oposta, professores devem seguir o exemplo dos prefeitos. Só que com mais força.
Após o anúncio, na legenda da foto, veja o que os prefeitos querem pressionar os parlamentares em relação ao piso do(a) professor(a).
Prefeitos e governadores querem mudar o cálculo do reajuste do piso, para eliminar ganho real de salário. A operação consiste em retirar o reajuste pelo custo aluno e substituir pelo INPC dos últimos doze meses, a inflação oficial do governo. Com isso, percentual previsto de 31,3% cai para cerca de 11%, que a estimativa de inflação para este ano. PL que trata do assunto e que os prefeitos querem aprovar na marra é o de nº 3776/08. Foto/reprodução.