GREVE DA EDUCAÇÃO ATINGE 100% DAS ESCOLAS DE BRASILEIA
Os trabalhadores em educação cruzaram os braços por tempo indeterminado na rede municipal de Brasileia (localizado na Vale do Alto Acre). A greve geral da categoria que atingiu 100% das escolas do município tem como objetivo protestar contra o novo Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da prefeita Fernanda Hassem.
O movimento é encampado pela sindicalista Rosana Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e o presidente do Núcleo do Sinteac, professor José Almeida, que discordaram das medidas arbitrárias da gestora municipal. “A prefeita com o apoio dos vereadores acabaram com a nossa carreira do magistério”, lamentou a José.
A categoria, segundo a sindicalista Rosana, teve uma redução de R$ 100,00 no vale alimentação (incorporado ao salário), que antes era de R$ 400, mas agora caiu para R$300,00. Em contrapartida, os professores P-1(nível médio) para P-2(nível superior) tinha uma diferença salarial de 50% nos vencimentos, com a mudança esse percentual caiu para menos de 10%. “Não podemos permitir um retrocesso desse, porque temos poucos servidores de nível médio”, criticou.
A presidente do Sinteac destacou que a nova legislação aprovada na calada da noite pela prefeita Fernanda Hassem, viola o direito adquirido da categoria da progressão automática (puladinha) a cada três anos antes que assegurava a correção da progressão automática de 10% no salário, com a mudança o reajuste de apenas 0,25%. Os trabalhadores em educação apenas reagiram as ilegalidades cometidas pela gestora municipal. “A greve da nossa categoria é legítima, mas se a prefeita quiser por fim a paralisação tem que sentar com os trabalhadores em educação para negociar”, finalizou a sindicalista.