40 ANOS Central Única dos Trabalhadores (CUT) recebe homenagem na Câmara dos Deputados


Na data em que são comemorados os 40 anos de existência da CUT, nesta segunda-feira, 28 de agosto, a Câmara dos Deputados realizou a sessão para homenagear a história de luta e as conquistas da Central com a classe trabalhadora no país. O deputado federal Vicentinho (PT-SP), e também ex-presidente da CUT nacional entre 1994 e 2000, coordenou a sessão que contou com a participação de representantes de sindicatos filiados à CUT de todo o Brasil e parlamentares. O presidente da CNTE, Heleno Araújo, e a secretária de Finanças, Rosilene Corrêa, também estiveram presentes.

Por meio de um pronunciamento, lido pelo deputado Vicentinho, o presidente da Câmara, Arthur Lira, declarou que a homenagem da Casa pelos 40 anos de formação da CUT reforça seus vínculos com a valorização do trabalho, com a defesa dos trabalhadores/as do Brasil, com a democracia e a liberdade.

“São poucas as instituições que podem ostentar uma história e um legado tão grandiosos como os da CUT, tendo uma influência e força que ultrapassam as fronteiras, assumindo um papel de protagonista nas transformações que a levaram a ter a maior integração da América Latina”, afirmou.

O presidente da CUT do Distrito Federal, Rodrigo Rodrigues, mencionou sobre sua emoção em presidir a Central do DF nos períodos de comemoração dos 40 anos de fundada.

“Acredito que a CUT é a mais bela das organizações da classe trabalhadora, que insiste em ser solidária, organizar e defender os seus direitos. [...] Tenham a certeza de que a CUT sempre estará nas ruas, fazendo a defesa com cada um dos nossos ramos, com cada um dos sindicatos e com as pautas de cada categoria, para defender os direitos da classe trabalhadora, a democracia, pregando a solidariedade de classe e lutando por um país melhor”, declarou.


Segundo Arthur Henrique, que presidiu a CUT de 2006 a 2012, o mérito de todas as conquistas deve-se aos trabalhadores das bases e aos sindicatos, que se mobilizam em prol do fortalecimento da central sindical. Ele ainda mencionou sobre os anos de batalha vividos pelos trabalhadores nos governos anteriores e ressaltou a importância de fortalecer as organizações atuais como forma de proteger os direitos.

“É essencial que consigamos fortalecer a organização nesse novo mundo do trabalho, para que, com essa nova classe trabalhadora, não vivermos o risco de perdemos direitos em uma simples canetada como foram das últimas vezes”, destacou Arthur.

Atual presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores, Sérgio Nobre, rememorou os desafios enfrentados no último governo e com a pandemia, e comentou sobre sua homenagem a todos os trabalhadores/ras que fizeram e ainda fazem parte da luta por melhores condições de trabalho no país.

“Minha homenagem é para os verdadeiros heróis da CUT nesses 40 anos. É para os milhões de anônimos que estão nas fábricas, nas escolas, nos bancos, no serviço público, nos campos, e que, na luta pelos seus direitos, fizeram os 40 anos de história da CUT, a tornando a maior central sindical do Brasil, uma das maiores do mundo” disse.

Jair Meneguelli, presidente da CUT entre 1983 e 1994, disse que as conquistas vieram graças aos mais de 5 mil trabalhadores, de todas as regiões do país, que se reuniram no primeiro Congresso Nacional da Classe Trabalhadora, em São Bernardo do Campo, no ano de 1983, em busca da dignidade e dos direitos devidos, e desde lá, desempenha um papel fundamental em toda a história de luta.

"O movimento sindical não é apenas movimento reivindicatório. Nós somos, enquanto sindicalistas, ente político deste país. Temos que discutir porque tudo passa pela política. É preciso ampliar esta luta sempre”, reforçou.

A CUT

Fundada em 28 de agosto de 1983, durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT), em São Paulo, a CUT surge como uma organização sindicalista, em caráter classista, autônoma, democrática e comprometida com os interesses da classe trabalhadora brasileira.

É, atualmente, a maior central sindical da América Latina, e a quinta maior do mundo. Se encontra presente em todos os ramos da atividade econômica do Brasil, com cerca de 3.806 entidades filiadas. Entre essas, está a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que se uniu à Central em 1988.

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