Foto: Apeoesp
Nesta quarta-feira, 22 de março, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em conjunto com os sindicatos filiados, realizou mobilizações em todo país em defesa da valorização profissional de quem trabalha na educação básica pública. Neste Dia Nacional em Defesa da Aplicação do Piso nas Carreiras dos/as Trabalhadores/as em Educação, a categoria reivindicou além do cumprimento da lei do Piso do Magistério, que o governo federal encaminhe a regulamentação da lei de diretrizes e carreira para valorizar funcionários/as, professores/as e todos que fazem a escola funcionar.
Revoga Novo Ensino Médio
A luta pela Revogação do Novo Ensino Médio (NEM) também esteve presente nas bandeiras e cartazes da mobilização. A União Brasilera dos Estudantes Secundaristas (Ubes) defende que a luta pela valorização dos trabalhadores da educação e de suas famílias passa pela revogação dessa medida.
"Hoje ocupamos as ruas junto com a CNTE reivindicando as pautas da categoria e a Revogação do Novo Ensino Médio" diz o perfil oficial da Ubes na rede Instagram. Segundo a entidade, "o desmonte do currículo base para inclusão de itinerários formativos esvaziaram o papel do professor. Sem a formação necessária e faltando horas, professoras e professores fazem uso do 'notório saber' para ensinar ao estudantes a fazer brigadeiro e 'o que rola por aí?' e se submetem a sobrecarga e precarização do trabalho para sobreviver".
Veja a seguir um breve balanço dos atos nas capitais
ALAGOAS
Em Maceió (AL), a mobilização ocorreu pela manhã em frente ao CEPA, na Avenida Fernandes Lima. Dirigentes do Sinteal com bandeiras e faixas chamaram a atenção de motoristas, passageiros e transeuntes sobre a importância de valorizar a educação pública. “Nós demos apenas o pontapé inicial dessa campanha aqui na capital. Iremos continuar essas atividades por todo o estado. Vamos seguir nessa luta em defesa do piso e da carreira".
Foto: Sinteal
AMAPÁ
Em Macapá (AP), o Sinsepeap ocupou a Praça da Bandeira a partir das 9h da manhã e os/as trabalhadores/as da educação protestaram em frente ao Palácio do Governo do Amapá exigindo seus direitos!
Foto: Sinsepeap
BAHIA
A Praça da Piedade, em Salvador (BA), foi ocupada de forma massiva por trabalhadores e trabalhadoras em Educação. Profissionais das Redes estadual e municipal de ensino de Salvador participaram do ato conjunto em defesa do Piso salarial do Magistério, da carreira, pela revogação do Novo Ensino Médio, valorização dos profissionais da Educação e por mais investimentos no setor.
Foto: Aplb-Sindicato
CEARÁ
O Sindicato APEOC convocou e a categoria atendeu, na manhã desta quarta-feira, ocupando a Avenida Desembargador Moreira, em Fortaleza (CE), em frente à Assembleia Legislativa do Ceará. A mobilização na Assembleia Legislativa e nas CREDES no interior do estado arrancou uma reunião no dia 4 ou 5 de abril onde o governo terá o prazo final para dar uma resposta à categoria.
Imagem: Apeoc
ESPÍRITO SANTO
Em Vitória (ES), robôs com lâmpadas de LED reforçaram as atividades pelo Dia Nacional de Mobilização pela Educação. Os robôs fizeram performances em frente à Ales, após Debate Público, momento em que houve distribuição de cartilhas com a mensagem: Sem valorização não existe futuro para a Educação!
Foto: Maria Clara/Sindiupes
PARANÁ
Em Curitiba (PR), representantes da APP-sindicato, sindicatos de Curitiba e Região Metropolitana e estudantes realizaram uma panfletagem na Boca Maldita, local de ampla circulação, conversando com o público que passava pela praça e explicando a importância da implementação do piso, de 14,95%. “Hoje é um dia nacional de lutas em defesa do reajsute do Piso para professores(as) e funcionários(as) de escola, tanto da ativa quanto aposentados(as). Estamos lutando para que esse Piso seja aplicado nas carreiras, já que estamos há mais de 6 anos sem as reposições salariais”, explica Marlei Fernandes, Vice-Presidenta da CNTE e secretária de Assuntos Jurídicos da APP.
Foto: App/Sindicato
PERNAMBUCO
Em Recife (PE), o Sintepe participou do Ato Nacional em Defesa do Piso na Carreira, na tarde desta quarta (22), em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco. Estamos cobrando a aplicação da Lei do Piso no Magistério em 14,95%.
Em Jaboatão dos Guararapes (PE), o SINPROJA realizou, pela manhã, um ato público na Escadaria da Secretaria de Educação, antigo prédio da PMJG, em Prazeres. Foi um momento para mostrarmos a força da nossa categoria, cada vez mais engajada e organizada. Exigimos 14,95% de reajuste salarial com repercussão na carreira para todos(as) os(as) profissionais da Educação e não descansaremos até que nossas reivindicações sejam cumpridas. “Seguiremos em luta para garantir que a gestão municipal atenda as nossas pautas e pague o que é nosso por direito. Nossa base não baixará a cabeça e não aceitará menos do que merecemos”, destacou a presidenta do SINPROJA, Séphora Freitas.
Foto: Sinproja
PIAUÍ
Em Teresina (PI), o SINTE-PI promoveu na manhã desta quarta-feira uma grande manifestação no pátio da Secretaria Estadual de Educação com a participação de dezenas de trabalhadores e trabalhadoras da rede estadual, inclusive com caravanas dos 27 Núcleos Regionais do sindicato, marcando o "Dia Nacional em Defesa da Aplicação do Piso nas Carreiras dos/as Trabalhadores/as em Educação".
Foto: Ascom Sinte-PI
RIO DE JANEIRO
Centenas de profissionais de Educação da rede municipal do Rio de Janeiro realizaram ato em frente à sede da prefeitura, na Cidade Nova, na manhã dessa quarta-feira, dia 22, com um protocolaço. Também hoje, a rede realizou greve de 24 horas, em apoio à convocação da CNTE do Dia Nacional em defesa do piso salarial para todas as carreiras da educação e pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM). No período da tarde, a Assembleia da rede estadual de educação foi realizada no Largo do Machado, zona sul do Rio, e aprovou ESTADO DE GREVE, com conselho deliberativo da rede dia 15/04 e assembleia geral dia 18 de abril. O “estado de greve” é quando a categoria pode, em assembleia, declarar a greve por tempo indeterminado. A categoria está em luta para que o piso nacional do magistério seja aplicado aos salários e que os funcionários administrativos não recebam abaixo do piso.
Foto: Sepe/RJ
RIO GRANDE DO NORTE
O SINTE/RN promoveu uma LIVE sobre o tema - veja a gravação a seguir:
RIO GRANDE DO SUL
Em Porto Alegre (RS), professores(as) e funcionários(as) de escola, de todo o Rio Grande do Sul, atenderam ao chamado do CPERS e realizaram uma forte mobilização em frente ao Palácio Piratini, para exigir o reajuste de 14,95% para toda a categoria. O dia intenso de luta iniciou com a pressão dos educadores(as) aos deputados(as), cobrando o apoio ao reajuste integral, para trabalhadores(as) da educação da ativa e aposentados(as) e sem abatimento na parcela de irredutibilidade.
Foto: Cpers
SANTA CATARINA
Em Florianópolis (SC), o Sinte/SC esteve em diversas escolas em diálogo e mobilizando para luta. Negado por diversos governantes, o Piso Nacional é direito da categoria desde a promulgação da lei e aplicação dela em 2008. A Lei do Piso entrou em vigor em Santa Catarina apenas em 2012, após a derrubada de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. A luta do Sinte/SC é pela aplicação do piso em toda a tabela salarial e está em uma mesa de negociação com o governo, na busca dessa valorização que impacta todos os trabalhadores da ativa e aposentados.
SÃO PAULO
Na capital paulista, a mobilização ocorreu na tarde desta quarta-feira, na Avenida Paulista, no MASP, e reuniu a categoria por reajuste do Piso Nacional na Carreira para todas e todos; e pela revogação da MP 746 (Reforma do Ensino Médio) e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Veja o vídeo do ato. A reforma do ensino médio também foi pauta das manifestações.
Foto: Apeoesp
SERGIPE
Em Aracaju, trabalhadores e trabalhadoras da educação da rede estadual e das redes municipais se mobilizaram pela manhã em frente ao Palácio de Despachos e paralisaram as atividades. Na mobilização de professoras e professores em defesa da lei do piso e de valorização do magistério, outra grande pauta de luta também foi lembrada. É urgente a revogação do novo Ensino Médio, para que os jovens das escolas públicas não sejam penalizados.
Foto: Sintese