CNTE alerta para risco de mercantilização da Educação no governo Lula


A manutenção da reforma do ensino médio é um exemplo de como grupos econômicos têm influenciado as decisões e imposto uma visão de escola voltada à formação exclusivamente tecnicista dos estudantes e das estudantes no país.

Educação | A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) alerta para o perigo iminente de mercantilização da Educação no governo Lula (PT). Em matéria em seu portal (1), a maior e mais importante organização representativa de profissionais do setor destaca que:

"A manutenção da reforma do ensino médio é um exemplo de como grupos econômicos têm influenciado as decisões e imposto uma visão de escola voltada à formação exclusivamente tecnicista dos estudantes e das estudantes no país."

Diz ainda o texto que "a influência da iniciativa privada na gestão da educação fez com que o início do governo Lula tivesse como uma das marcas o embate nesse setor, a ponto de três comissões serem criadas durante o processo de transição para atender ao lobby do setor."

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Camilo Santana, durante reunião com reitores das universidades federais do país e dos institutos federais de ensino, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Sem diálogo

O importante alerta da Confederação diz também:

A Secretária de Assuntos Educacionais da CNTE, Guelda Andrade, destaca que a confederação já solicitou uma audiência com o ministro da Educação, Camilo Santana, mas ainda não obteve resposta.

Para a entidade, o primeiro ponto a ser discutido é Emenda Constitucional 95/2016, a chamada lei do teto de gastos, que desmontou toda e qualquer estrutura financeira organizada que o país tinha para o investimento em serviços públicos.

Até o momento, o projeto meritocrático apresentado e defendido por Santana é um tiro no pé de um governo que se elegeu para revogar retrocessos como a reforma do ensino médio, avalia Guelda.

"Não existe educação de qualidade sem garantir valorização profissional e uma estrutura física adequada para os estudantes, que faça com que queiram estar na escola. Precisamos pensar a educação integral e não apenas de tempo integral, porque não queremos mais do mesmo. É preciso garantir um projeto pedagógico que tenha sequência no espaço da escola. Não são avaliações estandartizadas que irão garantir educação de qualidade, mas, para mudar isso precisamos ter um canal de diálogo aberto", pontua.

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