Foto: Roberto Parizotti
O Dia Internacional da Democracia, celebrado em 15 de setembro - data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) - lembra a necessidade de fortalecer a democracia brasileira, em risco no atual governo.
O processo eleitoral de 2022 é considerado histórico para grande parte do mundo e tem que ser defendido. É preciso entender que não podemos conviver com ameaças autoritárias, que colocam em xeque a confiança de instituições estruturantes do atual sistema, que permite aos cidadãos o pleno exercício de seus direitos.
Em um país verdadeiramente democrático, não estaríamos preocupados em armar nossa população. A prioridade deveria ser reduzir a desigualdade e acabar com a fome, hoje presente na vida de 33 milhões de brasileiros e brasileiras. A falta de um debate amplo e plural escancara o paradoxo do terceiro maior produtor de grãos do mundo não ser capaz de garantir comida na mesa de seus cidadãos e cidadãs.
Sem democracia não há política de combate à fome e nem habitacional, não há educação pública de qualidade, direitos, nem a possibilidade de escolha dos nossos líderes. E ainda ficamos vulneráveis a outros ataques usados para ampliar medidas autoritárias.
O nosso compromisso é com a soberania e com os direitos da classe trabalhadora e de toda sociedade. E não há como titubear na defesa dessas prerrogativas basilares do Estado Democrático de Direito.
E é com base nesta luta que nós, trabalhadores/as da educação, temos o papel de apresentar às comunidades escolares e à sociedade, a importância da educação pública e de seus profissionais para transformar este país, como dizia Paulo Freire: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.”
Nós precisamos falar sobre o que está em risco, se continuarmos sob o governo de quem não prioriza a educação, e o pior: que retira recursos o tempo todo de uma política transformadora e essencial para democracia brasileira.
Faltam poucos dias para decidirmos nas urnas o que é melhor para o país e temos a responsabilidade de escolher bem. No próximo dia 2 de outubro lembre-se: não vote em quem fomenta a política do ódio, não tem compromisso com a classe trabalhadora e destrói diariamente a escola pública do Brasil, seja candidato ou candidata à presidência ou ao parlamento.
Que em breve possamos comemorar um país justo e igual, feito pelo povo e para o povo!
Roberto Franklin de Leão, presidente em exercício da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)