Muitos defendem que o exercício da sala de aula é exclusivo do professor. Outros, no entanto, opinam que coordenador deve sim também assumir eventualmente a tarefa.
Polêmicas | Quem conhece o dia a dia de uma escola da educação básica sabe o transtorno que é quando um ou mais professores faltam ao trabalho. Os alunos ficam inquietos e é preciso uma medida urgente por parte da direção para solucionar o problema. O quê fazer, então, em casos como esse?
Há algumas saídas básicas, como juntar turmas, despachar os alunos ou deslocar o coordenador pedagógico para desenvolver uma atividade na sala de aula com os estudantes.
As três ações geram algum tipo de polêmica. Em relação à terceira, as divergências são maiores, conforme veremos após o anúncio.
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Tema divide opiniões
O DEVER DE CLASSE consultou alguns educadores sobre o assunto, tal como já havia feito em matéria semelhante de 2017. Eis alguns depoimentos colhidos através do Messenger:
"Sou totalmente contra coordenador substituir professor em sala de aula. São funções diferentes. Para suprir a ausência do professor, as escolas devem ter, por exemplo, um banco de tarefas da própria disciplina do faltoso para ser aplicado com os alunos pelo secretário ou outro funcionário da escola." Lídia, coordenadora, São Paulo. Continua, após o anúncio.
"Não vejo qualquer problema em um coordenador pedagógico assumir uma ou duas aulinhas quando um professor falta. Coordenadores são qualificados e podem perfeitamente desenvolver conteúdos de qualquer disciplina, ainda que não de forma minuciosa como um docente da área faz. É a melhor saída em casos de ausências na escola." Carlos Falcão, professor, Fortaleza.
"Tudo depende da situação. Não vejo problema em assumir sala de aula quando o professor falta. Já fiz isso muito bem. O que não pode é virar rotina." Lúcia, coordenadora, Rio de Janeiro.
"Acho que se o professor falta, o melhor é juntar turmas ou despachar os alunos, para evitar os tumultos. Na minha escola, quase não vejo a coordenadora. Pelo que conheço, ela nunca iria aceitar substituir professor. Mas quem aceita, não acho errado não." Sérgio, professor, Belo Horizonte.