Ou pressiona agora ou eles gastam o dinheiro



Após liberação geral da subvinculação de 70% do Fundeb, prefeitos e governadores poderão inchar as pastas da Educação e inviabilizar o reajuste do magistério. Eles têm a caneta e a chave do cofre. Imagem: aplicativo Canva.

Educação | Imagine alguém que lhe deva, mas que você tem a clareza de que ele não pode pagar. Em um caso assim você deve, por exemplo, ser tolerante e aguardar o momento adequado para exigir o que é seu. É uma coisa.

Numa situação distinta, imagine alguém que lhe deva, você sabe que ele pode pagar, porém opta gastar seu dinheiro com outros compromissos duvidosos. É uma coisa bem diferente. Neste caso, o correto é correr logo atrás do que lhe é de direito.

O que pode acontecer em relação ao reajuste do magistério em 2022 é algo parecido com a segunda situação aqui elencada. Gestores devem — por lei — honrar com o percentual estabelecido de 33,23%. No entanto, podem pegar o dinheiro dos educadores e dá a ele outro fim.

Com a aprovação da Lei nº 14.276, a subvinculação de 70% dos recursos do Fundeb passou a abranger todos os profissionais lotados nas redes de ensino, docentes ou não.

Tal abertura permite que prefeitos e governadores, a curto prazo, inchem as pastas da Educação com fins eleitoreiros, o que obviamente vai dificultar o pagamento até dos futuros que poderão entrar no setor.

Diante disso, é necessário que os atuais servidores do magistério corram para exigir o reajuste confirmado para este ano, até porque o mesmo deve ser cumprido já a partir deste mês de janeiro.

Do contrário, estados e municípios poderão gastar o dinheiro. E dentro da lei. Eles têm a caneta e a chave do cofre.

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