Rosana Nascimento, presidente do Sinteac
(Foto: Caio Fulgêncio / G1)
|
Integrantes do Sindicato
dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (Sinteac) se
desentenderam ao discutir a reformulação do Plano de Cargos, Carreira e
Remunerações (PCCR), nesta terça-feira (22). Parte dos sindicalistas
teriam denunciado em redes sociais que a presidência do Sinteac estaria
negociando o plano com o governo sem o conhecimento do restante da
categoria.
De acordo com Rosana
Nascimento, presidente do Sinteac, as denúncias são infundadas, uma vez
que com o fim da greve existe uma data para essas negociações. "Só vamos
fazer a negociação com o governo em novembro. Antes disso, o Sinteac
vai fazer, pela primeira vez, conferências nas escolas, a partir do dia 3
de novembro. Isso mostra o nosso compromisso em discutir de forma
democrática com a categoria", declara.
Para Jesus Vasconcelos,
vice-presidente do Sinteac, já existem negociações sendo feitas com o
governo. Segundo o sindicalista, uma emenda do projeto de lei do PCCR
estaria tramitando na Casa Civil.
"A presidente pega
pessoas do grupo dela e faz negociações com o governo, sem avisar para a
diretoria e aprovam coisas que prejudicam os funcionários de escola.
Essa emenda vem fazer um retrocesso no PCCR, o governo vai dar uma
'puladinho' extra em janeiro e depois só vai ter em 7 anos, quando
deveria ser de três em três anos", reclama.
Secretaria de Educação - A
Secretaria estadual de Educação divulgou na segunda-feira (21), uma
nota de esclarecimento em que falou sobre os procedimentos, acordos e
prazos em relação ao PCCR. De acordo Evaldo Viana, coordenador de
lotação e folha de pagamento da Secretaria Estadual de Educação, que faz
parte da mesa de negociação, a minuta do projeto de lei foi entregue
para o Sinteac e o Sindicato dos Professores Licenciados (Sinplac), para
que fossem feitas as modificações.
"As minutas foram
enviadas através do gabinete para os dois sindicatos, já deve fazer um
mês. Eles já fizeram várias reuniões nos sindicatos, é o que foi
informado para a Secretaria, e a partir da segunda-feira (28) vão
apresentar as modificações", afirma.
Na emenda entregue aos
sindicatos existe um trecho que fala sobre a redistribuição dos níveis e
classes pela formação a cada sete anos, mas de acordo com Viana, isso
foi um 'erro técnico' e a administração já se retratou para os
sindicatos.
"Isso foi descartado por
nós, foi um número que passou de uma cópia antiga. Foi descartado
porque estamos fazendo o enquadramento, são mais de mil pessoas, então
estamos enquadrando de três em três anos. Já conversamos com o sindicato
que isso foi engano e que ninguém da administração concorda com o
enquadramento de sete em sete anos", afirma.
O coordenador afirma
ainda que a Casa Civil e a Procuradoria Geral do Estado tiveram acesso
ao documento. "Mas só depois que for acordado as modificações com os
sindicatos é que [o projeto] vai para a analise jurídica da lei", diz.
Caio Fulgêncio e Veriana Ribeiro Do G1 AC