
Representantes de diversas categorias do serviço público estadual do Acre se reuniram na manhã desta quarta-feira, 25, em frente à Assembleia Legislativa e ao Palácio Rio Branco para reivindicar melhorias salariais.
O movimento, organizado por sindicatos das áreas da educação, saúde, segurança pública (polícias civil, militar e penal), fazenda e administração direta, cobra do governo estadual a abertura de negociações e já fala em indicativo de greve para a próxima semana, caso não haja resposta.
Entre os principais pontos da pauta está o aumento do auxílio-alimentação, atualmente no valor de R$ 420,00, para R$ 1.000,00. Os servidores também exigem a extensão do auxílio-saúde, hoje restrito aos trabalhadores da saúde, para todo o funcionalismo, incluindo ativos e inativos, além de um reajuste linear por meio da Revisão Geral Anual (RGA), estimado em cerca de 20%.
A mobilização unificada começou a ser articulada na segunda-feira, 23, durante reuniões com parlamentares na Assembleia Legislativa. No ato desta quarta, 25, cerca de 300 servidores ocuparam a praça em frente à Aleac e ao Palácio do Governo. Os sindicalistas se revezaram no trio elétrico para denunciar o que chamam de descaso do governo com as demandas históricas das categorias.
Por outro lado, o governo do Estado afirma que vem mantendo a folha de pagamento em dia e que os servidores estão sendo contemplados com um reajuste de 5,08% neste mês de julho, percentual aplicado anualmente desde o início do segundo mandato do governador Gladson Cameli. Além disso, o relatório do quadrimestre divulgado em maio revelou que o Acre segue acima da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A manifestação ocorre no mesmo dia em que a Assembleia Legislativa realiza uma sessão solene em homenagem aos 50 anos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AC). A expectativa é que os servidores subam para as galerias da Casa durante a solenidade, a fim de pressionar parlamentares e membros do governo.