O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) divulgou uma carta aberta à comunidade escolar e à população acreana denunciando o que considera uma grave injustiça cometida pelo governo estadual contra os professores e funcionários da rede estadual de ensino. Segundo o sindicato, a categoria enfrenta perdas salariais significativas e alegam que poderão não iniciar o ano letivo de 2025 caso suas demandas não sejam atendidas até 3 de fevereiro.
O Sinteac reclama que, em 2022, os salários dos professores foram reduzidos de 90% para 63%, enquanto os dos demais funcionários caíram para 49%. Como consequência, as perdas acumuladas já chegam a R$ 100 mil para servidores ativos e aposentados. A entidade também alerta que a redução salarial tem levado muitos trabalhadores da educação ao endividamento, dificultando o pagamento de despesas essenciais, como planos de saúde, medicamentos e alimentação.
De acordo com o sindicato, a redução das referências das tabelas salariais de 10% para 7% gerou uma economia de R$ 150 milhões ao governo nos últimos três anos, mas essa economia teria sido feita à custa dos servidores.
A nota destaca que o governo estadual divulgou um reajuste de 33,24% concedido aos profissionais da educação em 2022. No entanto, o Sinteac ressalta que esse percentual foi determinado por lei federal e que, paralelamente, o governo retirou 34% das tabelas salariais, anulando qualquer ganho real para os trabalhadores da educação.
“Diante desse cenário, o sindicato anunciou que os trabalhadores da educação podem não iniciar o ano letivo de 2025 caso a recomposição da tabela salarial não seja aprovada até 3 de fevereiro”, destaca a nota.
O Sinteac solicitou apoio da comunidade escolar e da população acreana na luta por justiça e valorização da categoria. “Pedimos socorro à comunidade escolar e à população do Acre! Apoiem nossa luta por justiça e valorização dos profissionais”.