Depressão e ansiedade são as principais doenças identificadas em professores, afirma presidente do Sinteac
No programa Gazeta Entrevista, Rosana Nascimento também comentou sobre o conflito agrário no Amazonas
Por Kerolayne França para o Agazeta.net
Professora e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, compareceu ao programa Gazeta Entrevista, nesta segunda-feira (22), para falar sobre a nova lei de diretrizes de valorização dos profissionais da educação, e também, referente ao conflito agrário na região sul do Amazonas.
A presidente relata que existia apenas uma proposta de diretrizes referente a essa valorização dos educadores. O atual presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aprovou a Lei de Nº 14.817, em 16 de janeiro de 2024, que reforça a lei do piso salarial, promoção, condições e tempo de trabalho, entre outros.
“Ela vem reforçar nossa luta, nos ajudar na mesa de negociação, nas prefeituras e no próprio Estado. Ela veio em um momento muito propício, porque já está aí o reajuste do piso, já foi publicado de 3,62%”, destaca Nascimento.
A presidente do Sinteac destaca que no atual governo, a educação passa por muitas melhoras. “Tínhamos sofrido um retrocesso enorme da educação e agora com diálogo a gente tem avançado e retomado muitas pautas, uma dessas era mais recursos na educação”, ressalta.
Segundo Rosana Nascimento, a saúde dos professores hoje está preocupante. O Sindicato possui atendimento psicológico e foi identificado que a depressão e ansiedade são algumas das principais doenças, e que desencadeiam outros tipos de doenças.
“Existe uma imensidade de profissionais afastados com laudo médico que não tem mais condição de estar em sala de aula”, conta a mulher.
Conflito Agrário
Rosana Nascimento também faz parte da Federação das Associações, Cooperativas de Produtores Rurais do Estado do Acre. Ela explica que a região do sul do Amazonas está em conflito agrário, pois fica distante do Poder Público, visto que Manaus fica distante dessa localidade.
A Federação conseguiu fazer com que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) arrecadasse esses locais. São dois territórios, sendo eles o Seringal Novo Andirá, que possui mais de 56 mil hectares, e o Seringal Novo Natal, com mais de 156 mil hectares. Os dois foram palcos de conflito, morte, assassinatos, denúncia e presença de Polícia Federal (PF) atuando no local.
Segundo a professora, após o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) arrecadar a área, ele vai dizer o que fazer com a terra. Atualmente, essa situação está na fase de pegar os documentos de cartório e as Secretarias de Patrimônio do Estado de Manaus passar os documentos para o Incra.
“O Incra pega esses documentos e realiza o processo de destinar a área, se ele vai ser reserva florestal, extrativista, assentamento ou se vai regularizar as famílias”, explica a presidente.
Nascimento relata, ainda, que no seringal Novo Andirá, que fica em Boca do Acre, envolve mais de 3.500 famílias. Em Novo Natal atinge mais de 5 mil famílias, devido ser uma área enorme.
Estagiária supervisionada por Gisele Almeida