Foto: Pedro França - Agência Senado
No último dia 30 de novembro de 2022, o mundo acompanhou o resultado de 2º turno das eleições gerais para a Presidência da República que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva como o seu vencedor inconteste, em um processo que, acompanhado internacionalmente por entidades de todo o mundo, contou com lisura e legitimidade que sempre se espera dele. Dessa forma, Lula foi eleito o único Presidente do Brasil a alcançar a marca de mais de 60 milhões de votos que, de norte a sul do país, o povo brasileiro lhe conferiu.
A eleição de Lula para conduzir o país a partir do ano de 2023 representa uma redenção a um homem que deixou a Presidência da República em 2010 com os mais altos índices de popularidade e aprovação já vistos por aqui, para oito anos depois, em um processo judicial parcial e eivado de fraudes processuais desde o seu início, prendê-lo de forma absolutamente injusta e arbitrária, em um conluio entre a Justiça, mídia e atores políticos. Essa é a verdade que, já reconhecida pela mais alta instância judicial brasileira e até pela Organização das Nações Unidas (ONU), entrará para a História.
A sua eleição agora, no ano de 2022, representa uma chance ao país para se reconectar com os sentimentos e valores mais nobres que a política pode oferecer às sociedades humanas e, por isso, trata-se de um governo que se pretende amplo o suficiente para dar conta da base social pró-democracia que o reconduziu pela terceira vez ao cargo máximo da República brasileira.
Qualquer tentativa que objetive interditar o atual processo eleitoral e o próprio curso da democracia brasileira deve ser imediatamente rechaçado por todos e é exatamente isso o que se tem verificado agora no país, com um crescente isolamento do Presidente Jair Bolsonaro. Ao demorar dois dias para realizar um pronunciamento de reconhecimento de sua derrota eleitoral, ele fomenta os atos de violência e intolerância que se têm verificado no Brasil desde a divulgação dos resultados das eleições do último domingo. Em especial a movimentação de bloqueio e interdição violenta das estradas brasileiras, em vários pontos do país, atos já prontamente rechaçados pelo próprio Supremo Tribunal Federal brasileiro que, agora, exige a imediata liberação das vias.
A desobediência de alguns a cumprir a legislação e as ordens judiciais emanadas de nossas instituições nesse episódio da interdição e bloqueio das estradas, em especial a verificada pelo Diretor Geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, deve ser investigada com rigor e exemplarmente punida. Não é tolerável a apropriação privada de cargos públicos importantes para a defesa de quaisquer interesses políticos e/ou partidários. Salvemos a democracia brasileira!
Brasília, 01 de novembro de 2022
Direção Executiva da CNTE