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Em artigo publicado no jornal O Globo desta segunda-feira (26), o jornalista Antônio Gois debate dados do estudo publicado pelo movimento Profissão Docente em relação à carreira da educação. Na avaliação de Gois, desde a criação do piso nacional do magistério, em 2008, o salário inicial dos professores das redes estaduais vem melhorando de forma contínua, num movimento que se repete também quando se analisa a média geral salarial dos docentes comparada a dos demais profissionais com nível superior. Porém, ainda que positivos, esses avanços são insuficientes. Uma das razões é que a melhoria nos vencimentos iniciais nem sempre é acompanhada, na mesma proporção, pelos rendimentos verificados ao longo da carreira, fazendo com que a distância entre o salário pago aos iniciantes e aos que estão no topo da carreira seja muito pequena ou, em algumas redes, até inexistente.
O levantamento aponta grande variação entre redes - comparando salários finais com os iniciais, o estudo calculou a amplitude salarial em cada rede. Na média, essa variação é de 48%, sendo que houve dois casos (Sergipe e Santa Catarina) onde sequer foi verificada diferença. O relatório da pesquisa cita este como um problema, pois indica que as possibilidades de crescimento na carreira ainda são reduzidas, o que desestimula o desenvolvimento profissional.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) defende a valorização de todos os profissionais da educação básica pública. Nesta eleição, a Confederação pede aos candidatos o cumprimento integral da lei do Piso do Magistério (valor e jornada extraclasse); da Formação Inicial e Continuada (Decreto nº 8.752/2016) e a regulamentação do Piso Nacional para os Profissionais da Educação e das Diretrizes Nacionais de Carreira para professores/as, especialistas e funcionários/as da educação, à luz do art. 206, V e VIII da Constituição Federal e das metas 16 a 18 do PNE.