Servidor federal: professor é mais afetado por problemas de saúde


Entre os 20 órgãos federais com a maior proporção de servidores afastados por motivo de saúde em períodos superiores a 15 dias, 13 são instituições de ensino. Levantamento do (M)Dados, do Metrópoles, levou em conta informações até novembro de 2019, as mais recentes disponibilizadas pelo Executivo federal.

Para a análise dos afastamentos, foram considerados os quadros funcionais com mais de 100 servidores. Dentre os quais, o primeiro lugar é do Instituto Federal de Roraima. Em novembro, a instituição tinha 782 servidores estatutários, sendo que 36 deles estavam de licença saúde por mais de 15 dias.

Em seguida, no ranking de órgãos com maior número de ausências, estão o Governo de Rondônia (13,7 mil servidores e 558 afastados) e o Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (1,2 mil servidores e 47 afastados). O Instituto Federal de Brasília ocupa o quarto lugar, com 1,3 mil servidores e 44 pessoas licenciadas.

O principal motivo das ausências de docentes nas instituições federais é a saúde mental, explica o professor Alex Reinicke, da faculdade de ciências da saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. “Aqui, ela é a terceira maior causa de afastamento, mas se considerado o tempo, passa a ser a maior. Por isso, entendemos que é a maior gravidade”, destaca.

“O tema é historicamente negligenciado. Existem poucos estudos, mas que já apontam para essa relação”, frisa. Reinicke é membro do conselho deliberativo da Federação de Sindicatos dos Professores e Professoras de Instituições de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. Nessa posição, observa que parte expressiva de servidores procura o sindicato justamente por questões de saúde mental.

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