Dados são mantidos em sigilo, mas, ausência em massa de servidores para recadastramento aumentam suspeitas de fraude na folha de pagamento como suspeitava o governador Gladson Cameli.
Milhares de servidores públicos do estado que não procuraram suas secretarias de origens para fazer o recadastramento, podem vim com o contracheque zerado no pagamento deste mês. Mesmo com a campanha feita nos canais de rádio e sites da estatal de comunicação, pelo menos a metade dos servidores públicos nascidos entre janeiro e abril não procuraram pelo serviço.
Dos mais de 35 mil servidores, a Secretaria de Planejamento e Administração (SEPLAG) esperava que cerca de 8 mil estivem à disposição, cedidos para outros órgãos ou afastados sem ônus. O número de servidores que deixou de se cadastrar surpreendeu a secretaria Maria Alice.
Embora o Palácio Rio Branco negue, os dados até agora preenchidos aumentam a suspeita de fraude na folha de pagamento, como suspeitava o governador Gladson Cameli, principalmente no setor da saúde. Situações de afastamentos na segurança pública também chamam atenção no serviço de recadastramento.
A SEPLAG vai inserir as informações na folha de pagamento e no sistema estadual de gestão de pessoas. Os dados vão servir de base para a implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
O decreto determina que o recadastramento deve ser feito, obrigatoriamente, por servidores de cargos de provimento efetivo, comissionado e temporário, civis e militares, inclusive agentes políticos.