Igualdade de oportunidades: uma questão de consciência


O dia 20 de novembro - Dia da Consciência Negra - foi celebrado pela primeira vez em 1971 para mostrar quanto o país está marcado pelas diferenças e discriminações raciais. Celebrar esta data é manter viva na memória dos brasileiros as lutas do povo negro e a figura de Zumbi, símbolo de resistência, o herói que lutou pela liberdade. É também uma tentativa de remediar os erros do passado e celebrar a força da cultura afrodescendente.
Nesta Semana da Consciência Negra é importante refletir sobre o que se tem feito para a redução do preconceito no Brasil. A lei n° 10.639, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileiras nas escolas de todo o país é uma contribuição importante e foi criada para a discussão sobre a igualdade racial, o reconhecimento e valorização da história, cultura e identidade dos descendentes africanos.Muitas escolas ainda não incluíram as matérias em seus currículos. Defendemos que é preciso acelerar a implantação da Lei como forma de acabar com as desigualdades. Todos os anos promovemos campanhas de valorização nas escolas públicas, através de nossos sindicatos filiados, para celebrar o dia da Consciência Negra. Inclusive elaboramos, neste mês, um jornal mural sobre o tema que foi distribuído às unidades escolares. O nosso objetivo como educadores, é levar à reflexão sobre a discriminação racial, valorizar a diversidade étnica, gerar debate, estimular valores e comportamentos de respeito.
Outra conquista a destacar é o sistema de cotas, que ainda causa polêmica. Muitas pessoas são contrárias às cotas para negros porque consideram um privilegio. Mas, elas são fundamentais para acelerar o processo de inserção do negro no exercício pleno de cidadania. As cotas representam a única forma de se resolver o problema da exclusão racial no curto prazo.
E com a chegada do Estatuto Igualdade Racial, que determina a implantação de cotas nas universidades, nos partidos políticos (reserva de pelo menos 30% dos cargos para candidatos negros) e nas empresas (pelo menos 20% nas empresas com mais de 20 empregados), acreditamos que ele irá ajudar o Brasil a promover mais rápido a igualdade de direitos.
Ainda há muito para ser feito no sentido de assegurar uma maior democratização - em termos raciais e econômicos e é papel do estado, com o apoio dos movimentos sociais, acelerar esse processo.
Sinteac

Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre

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