8 de setembro é o Dia Mundial da Alfabetização. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), através da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), numa tentativa de reduzir os índices de analfabetismo em todo o mundo que chega a quase 800 milhões de adultos. Desse total, 35 milhões estão em países latino-americanos.
O Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), concentra mais de um terço da população analfabeta da América Latina. São 14 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler e escrever.
Os números são altos, mas a meta do Ministério da Educação (MEC) é cumprir o Acordo de Dacar estabelecido pela Unesco, que prevê a redução da taxa de analfabetismo dos atuais 10% para 6,7% até 2015. Para alcançar esse objetivo o MEC conta com o Brasil Alfabetizado, programa que dá apoio técnico e financeiro para que estados e municípios criem turmas voltadas para jovens e adultos.
Para o presidente da CNTE, Roberto Leão, os 14 milhões de analfabetos no país mostra que é necessário um grande esforço do governo e maiores investimentos para reduzir esse número. “Apesar dos avanços na política de inclusão do MEC, faltam muitos avanços para extinguir definitivamente essa chaga que é o analfabetismo”, destacou.
De acordo com o MEC, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que tem como uma das metas alfabetizar todas as crianças aos 8 anos de idade, também vai ajudar a reduzir as taxas porque evita a continuidade do analfabetismo entre a população mais jovem.
Além de reduzir o percentual de brasileiros que não sabem ler e escrever, o país tem o desafio de combater o chamado analfabetismo funcional, que atinge 25% da população com mais de 15 anos, segundo a última Pnad. O analfabeto funcional, em geral, lê e escreve frases simples, mas não é capaz de interpretar textos e colocar idéias no papel.
(CNTE, com informações da Agência Brasil)