Trabalhadores em Educação da Rede Municipal de Tarauacá decidem paralisar suas atividades

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre - SINTEAC realizou no final da tarde desta quarta feira (05/07) uma das maiores assembleias da sua história no município de Tarauacá com servidores da Educação da Rede Municipal.

A maioria dos servidores da educação da rede municipal de ensino compareceu a reunião deliberativa e rejeitaram uma contraproposta da Secretaria Municipal de Educação que já havia sido rejeitada de uma reposição salarial de apenas 3%(três por cento), menos da metade da última proposta que o SINTEAC havia aprovado em assembleia uma reposição de 7.5%, que inicialmente havia sido de 10,67%, além da reformulação do PCCR, redução de carga horária para funcionários de escola sem redução de salário e criação do fundo previdenciário municipal e ou retorno do FGTS.

Na contramão da negociação, além de não atender as propostas da categoria, o secretário municipal de educação reuniu os diretores na manhã do mesmo dia para apresentar um “pacote de maldades” determinado pela prefeita Marilete Vitorino que determina além das mesmas medidas autoritárias e antidemocráticas que a administração anterior havia deliberado em 2013 e depois na ocasião teve que rediscutir com os trabalhadores em educação, outras medidas a mais que tira algumas vantagens:
·Retirada da insalubridade dos funcionários de escola que já ganham pouco, inclusive a maioria recebe complementação de salário mínimo;
·Retirada de gratificação dos professores que trabalham com alunos com deficiência;
·Forçar as pessoas que foram contratadas antes de 2002 a trabalharem 8 horas diárias, sendo que a maioria das pessoas são idosas e que há mais de 20 anos sempre trabalharam apenas um turno, pois não foi determinado no contrato que era dois;
·Que os vigias agora cumpram também o papel de porteiro;
·Suspensão da licença prêmio dos servidores;
·Lotação dos funcionários de escola do último concurso nas escolas da zona rural;
·Retirada de gratificação dos professores que coordenam no Programa Mais Educação.

Diante de tais medidas, os trabalhadores em educação além de rejeitarem a proposta, decidiram também por unanimidade pela paralisação das atividades escolares a partir do dia 06/07(quinta feira), pois os prazos para o executivo apresentar outra contraproposta já haviam sido prorrogados por duas vezes.

Para o presidente do SINTEAC Professor Lauro Benigno, a situação ficou insustentável devido à negligência da prefeitura em tratar essa questão da data base com mais seriedade e em seguida adotar essas medidas que irritaram ainda mais os trabalhadores em educação. “Apresentamos nossa proposta em fevereiro deste ano e já estamos finalizando o 1º semestre. Já prorrogamos por duas vezes o prazo para que a prefeitura construa uma nova proposta. Não houve avanços porque além da prefeitura não atender nem próximo do que os trabalhadores em educação propuseram a prefeita ainda adota uma série de medidas sem discutir com os trabalhadores em educação prejudicando principalmente os servidores que ganham menos e muitos deles recebem complementação para alcançar o salário mínimo. Muitos deles estão sobrevivendo apenas do percentual da insalubridade que é em torno de R$ 200,00 a R$ 300,00. Desde janeiro deste ano até o mês de junho, mês a mês houve aumento nos repasses do FUNDEB, com exceção de apenas um mês que houve um déficit mínimo. Ainda falta contabilizar os 25% que deveria estar sendo repassado para a educação municipal. Além disso, os números apresentados pela SEME não condizem com a realidade,  falou o presidente.

A categoria se reunirá novamente nesta quinta feira (07/07) para organizar um calendário de manifestações e protestos diante do não atendimento das propostas assim como também do “pacote de maldades” determinados pela prefeita.





































































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