Servidores da Educação do Acre cobram melhorias salariais

Professores, técnicos administrativos e demais servidores exigem reajuste no piso salarial (Foto: Aline Nascimento/G1)
Professores, técnicos administrativos e demais servidores da Educação do Acre se reuniram com o diretor de Gestão da pasta para reivindicar a reformulação do PCCR, o cumprimento da lei 1013, que garante o direito de servidores devidamente capacitados participarem de eleições para concorrer a cargos em escolas e reajuste no piso salarial. O encontro ocorreu na manhã desta terça-feira (9) no prédio da Secretaria de Estado de Educação (SEE), localizada no Aeroporto Velho, em Rio Branco.

Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, os funcionários procuram mais que aumento salarial, mas valorização da categoria. Ela explica ainda que os servidores com ensino superior completo precisam da reformulação do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR).

"Queremos que os funcionários sejam inseridos na lei de gestão, onde poderão concorrer às eleições das escolas e ser gestores das instituições, desde que eles tenham a formação na área da Educação, e isso só vai acontecer com a reformulação do PCCR. Agora vamos colocar na lei de gestão democrática. Precisamos garantir que esse direito seja resguardado nas duas leis, no PCCR e na lei de gestão", explica.

Ainda de acordo com a sindicalista, o piso inicial do profissional com a carga horária de 30 horas é de R$ 1.413 e a exigência é de que esse valor aumente para R$ 1.917. "Hoje um funcionário de 25 horas inicia a carreira com R$ 672, um valor abaixo do salário mínimo. O salário é muito reduzido, o governo do estado vem dizendo que não tem dinheiro para aumentar o piso, mas nós queremos garantir este piso. Pelos menos até o fim do ano ou no início do ano que vem queremos receber esse reajuste", conta.

Contratada como professora da zona rural, mas exercendo a profissão de auxiliar de secretária há 24 anos, Raimunda Nere, de 45 anos, diz que sustenta seis pessoas com um salário de R$ 800. Ela reclama que há mais de 20 anos não recebe reajuste.

"Faz muito tempo que no meu caso não tem aumento, tem que melhorar um pouco, a gente passa o dia todo e mereço ganhar um pouco mais. O que aumentar está bom. Faz anos que o meu salário não sofre aumento, nem R$ 10. Todos os anos as coisas aumentam, menos o meu salário. Eu tenho 4 filhos, uma neta, uma nora e quem sustenta todas essas pessoas sou eu", desabafa.

O diretor de Gestão Evaldo Viana recebeu uma comissão de servidores para discutir as reivindicações dos profissionais. Ele explica que o aumento do piso está sendo discutido no âmbito estadual e que a Secretaria vai preparar uma pauta para apresentar aos funcionários.

"A reformulação da lei de gestão acaba de ser aberta para discussão. Vamos discutir com a categoria, apresentar uma proposta e uma pauta por escrito das mudanças que eles queiram fazer, para propor na revisão da lei. Como estamos avaliando, não temos uma proposta fechada, eles apresentaram uma pauta gigante de negociação. Temos que analisar item a item e vamos responder todos, até chegarmos à conclusão de que nós avançamos no processo de avaliação", disse.

Aline NascimentoDo G1 AC


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